tag:blogger.com,1999:blog-65693333679072535312024-03-13T15:15:19.066-07:00Dossiê GloboLuciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.comBlogger43125tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-71282287310148973032009-05-04T18:16:00.001-07:002009-05-04T18:16:03.733-07:00Muito Além do Cidadão Kane<p align="justify">                             <a href="http://indytorrents.org/stats.html?info_hash=5d184a5691874deb32dc4edbe2bca01e54a2dbf5"><img style="border-right: 0px; border-top: 0px; border-left: 0px; border-bottom: 0px" height="240" alt="0000275430-001" src="http://lh4.ggpht.com/_oz-mk2q26Oo/Sf-TTVaz_GI/AAAAAAAAAy4/TyEpwsK7d0Q/Roberto%20Marinho%5B27%5D.jpg" width="192" border="0" /></a></p> <h6 align="center"><strong>Clique na foto de Roberto Marinho para baixar o documentário completo.</strong></h6> <p align="justify">O documentário Muito Além do Cidadão Kane, foi produzido por Simon Hartog em 1993 para o Canal 4 do Reino Unido. A obra detalha a posição dominante da Rede Globo na sociedade brasileira, debatendo a influência do grupo, seu poder e suas relações políticas.</p> <p align="justify">Por questão óbvia, o documentário foi proibido de ser exibido no Brasil ou ter qualquer cópia comercializada desde 1993.</p> <p align="justify"></p> Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-11583236390305771272009-05-04T17:48:00.000-07:002009-05-04T17:50:25.750-07:00Direito de resposta de Leonel Brizola no Jornal Nacional<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/ObW0kYAXh-8&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/ObW0kYAXh-8&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-59650196567952668322009-05-04T17:24:00.000-07:002009-05-04T17:42:15.623-07:00Documentário Muito Além do Cidadão Kane<embed id="VideoPlayback" src="http://video.google.com/googleplayer.swf?docid=-570340003958234038&hl=pt-BR&fs=true" style="width:400px;height:326px" allowFullScreen="true" allowScriptAccess="always" type="application/x-shockwave-flash"> </embed><br /><br />Beyond Citizen Kane (no Brasil, Muito Além do Cidadão Kane) é um documentário televisivo britânico de Simon Hartog produzido em 1993 para o Canal 4 do Reino Unido. A obra detalha a posição dominante da Rede Globo na sociedade brasileira, debatendo a influência do grupo, seu poder e suas relações políticas. O ex-presidente e fundador da Globo Roberto Marinho foi o principal alvo das críticas do documentário, sendo comparado a Charles Foster Kane, personagem criado em 1941 por Orson Welles para Cidadão Kane, um drama de ficção baseado na trajetória de William Randolph Hearst, magnata da comunicação nos Estados Unidos. Segundo o documentário, a Globo emprega a mesma manipulação grosseira de notícias para influenciar a opinião pública como fazia Kane no filme.Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-50698720943130468182009-05-04T17:05:00.000-07:002009-05-04T17:23:56.864-07:00Jornal Nacional - 25 de janeiro 1984 - São Paulo 430 anos<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/8nkA82opwmY&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/8nkA82opwmY&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Exibição da reportagem sobre os 430 anos de São Paulo, onde a Globo noticiou o comício das Diretas Já, como um dos eventos da programação de aniversário da cidade.Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-88737969623953920702009-05-04T16:41:00.000-07:002009-05-04T16:43:13.652-07:00Livro Afundação Roberto Marinho<a title="View Afundação Roberto Marinho on Scribd" href="http://www.scribd.com/doc/3996743/Afundacao-Roberto-Marinho" style="margin: 12px auto 6px auto; font-family: Helvetica,Arial,Sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 14px; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; -x-system-font: none; display: block; text-decoration: underline;">Afundação Roberto Marinho</a> <object codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=9,0,0,0" id="doc_67863533268076" name="doc_67863533268076" classid="clsid:d27cdb6e-ae6d-11cf-96b8-444553540000" align="middle" height="500" width="100%" > <param name="movie" value="http://d.scribd.com/ScribdViewer.swf?document_id=3996743&access_key=key-1wf8ww14t4qv71j87gmf&page=1&version=1&viewMode="> <param name="quality" value="high"> <param name="play" value="true"> <param name="loop" value="true"> <param name="scale" value="showall"> <param name="wmode" value="opaque"> <param name="devicefont" value="false"> <param name="bgcolor" value="#ffffff"> <param name="menu" value="true"> <param name="allowFullScreen" value="true"> <param name="allowScriptAccess" value="always"> <param name="salign" value=""> <embed src="http://d.scribd.com/ScribdViewer.swf?document_id=3996743&access_key=key-1wf8ww14t4qv71j87gmf&page=1&version=1&viewMode=" quality="high" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" play="true" loop="true" scale="showall" wmode="opaque" devicefont="false" bgcolor="#ffffff" name="doc_67863533268076_object" menu="true" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" salign="" type="application/x-shockwave-flash" align="middle" height="500" width="100%"></embed> </object> <div style="margin: 6px auto 3px auto; font-family: Helvetica,Arial,Sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 12px; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; -x-system-font: none; display: block;"> <a href="http://www.scribd.com/upload" style="text-decoration: underline;">Publish at Scribd</a> or <a href="http://www.scribd.com/browse" style="text-decoration: underline;">explore</a> others: <a href="http://www.scribd.com/tag/afunda%C3%A7%C3%A3o" style="text-decoration: underline;">afundação</a> <a href="http://www.scribd.com/tag/Funda%C3%A7%C3%A3o" style="text-decoration: underline;">Fundação</a> </div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-17185093924120212362009-05-04T16:38:00.000-07:002009-05-04T16:40:59.940-07:00Uma novela chamada chantagem<div align="justify">por Roméro da Costa Machado, escritor.<br /><br />Lá se vão dez longos anos.... O ano de 1995 foi um ano terrível para a IURD. A Globo vinha massacrando a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) através de uma terrível campanha difamatória com matérias sistemáticas veiculadas no "Fantástico", outras matérias esparsas em seus noticiários, além de programa específico de uma hora de duração, atacando frontalmente a IURD. E ao mesmo tempo havia lançado uma minissérie chamada "Decadência", tendo como enfoque principal o curandeirismo e o charlatanismo religioso, protagonizada por um pastor evangélico corrupto vivido pelo ator Edson Celulari, que fazia referências nada sutis a todas as igrejas evangélicas, e em especial à IURD.<br />As respostas da "Universal" foram imediatas, embora de pouco poder de fogo. A Folha Universal passou a repercutir matérias como: "Desmoralização e arbitrariedade no jornalismo da Globo", "Desespero: a "fantástica" Globo está em decadência", "TV Globo admite: Universal é a igreja que mais cresce". Mas tudo isso era muito pouco. Tinha pouco alcance. Ficava muito restrito aos meios evangélicos. Não tinha repercussão fora do meio da própria Igreja Universal. Até que os pastores J.Cabral e Ronaldo Didini me procuraram e começamos a fazer reiterados programas na Rede Record (25ª Hora e Despertar da Fé) e escrevendo na própria Folha Universal, dando um pesado troco a altura na Rede Globo.<br />Imediatamente o assunto foi para a grande imprensa com enorme estardalhaço. Grandes jornais como Jornal do Brasil e Folha de São Paulo passaram a abordar o assunto até de uma maneira isenta (o que não é normal na grande imprensa, quando se trata de campanha difamatória). E com isso o episódio ficou conhecido como "Guerra Santa" ("Globo e Edir Macedo travam disputa no ar"). Até que as revistas semanais (Veja e Isto É) não tiveram mais como fugir ao assunto, e não economizaram papel e tinta para tratar da falada "Guerra Santa no ar", com longas matérias e direito até a capa especial sobre a briga IURD x REDE GLOBO.<br />A "Veja" de setembro de 1995, sob o título "Guerra Santa no vídeo", foi mais precisa sobre o assunto ao dizer: "Além dos debates do 25ª Hora, a Record prepara uma resposta à altura para "Decadência". Para isso foi convocada a principal estrela desses debates, o escritor Roméro da Costa Machado, ex-funcionário da Globo e autor do livro "Afundação Roberto Marinho. Roméro está escrevendo uma minissérie cuja sinopse já se encontra pronta. Ele próprio resume o que escreveu: "Será a história de um jornalista medíocre que herda um jornal falido do pai, faz um pacto com o golpe armado pela CIA, associa-se à ditadura, funda uma emissora de TV, e às custas de chantagem enriquece loucamente."<br />Complementando, diz a Veja: "Existe a idéia de produzir essa minissérie sim", endossa o diretor de programação da Record, Eduardo Lafon. "É uma história que, por coincidência, faz lembrar o Roberto Marinho."<br />Esse era o ponto exato do qual não se poderia mais voltar. Até porque a Globo só respeita pancada e quem pode dar pancada. Porque do resto, dos subservientes, ela passa por cima, sem dó nem piedade. Entretanto, apostando todas as fichas em suas amizades e no seu poder de negociação, Eduardo Lafon (Diretor da Record) negociou com o Boni (Vice-presidente da Globo) um armistício, um plano de paz, em que Record e Globo não mais se atacariam. (Na santa inocência do Lafon...)<br />Conhecendo a Globo como conheço, fui contra esse armistício, pois não existe paz com a Globo sem que antes existam mísseis poderosos apontados contra a Rede Globo. E de fato, para ter certeza de que não existiriam tais mísseis da Record (IURD) contra a Globo, o "plano de paz" (do Boni) exigia de Lafon o meu afastamento, como uma espécie de demonstração de boa vontade na celebração da paz.<br />Eu ainda disse ao Lafon que ele iria receber o prêmio Nobel de inocência mundial, uma vez que - cedo ou tarde - sem mísseis poderosos, a Globo ainda se voltaria contra a Record. Dito e feito. Após a morte do Lafon e do afastamento do Boni, na primeira oportunidade, a Rede Globo voltou-se não só contra a Record (como no caso da compra da emissora), mas também contra a IURD, e principalmente contra os políticos evangélicos como Marcelo Crivella, que teve sua candidatura altamente prejudicada pelos noticiários da Globo.<br />Enfim, a Globo é isso, sempre isso, não muda nunca... Chantagem, como na novela.</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-47356248735175413552009-05-04T16:35:00.000-07:002009-05-04T16:38:15.599-07:00Tribunal de contas enterra sonho da Globo<div align="justify">por Roméro da Costa Machado, escritor.<br /><br />A Globo sonhava em conseguir livrar-se de um passivo de cerca de três BILHÕES de dólares (quase dez BILHÕES de reais) através de articulações políticas em que o BNDES seria usado para socorrer e tirar a Globo do terrível estado de penúria em que se encontra, assemelhado a um torpor pré-falimentar. Aliás, mais do que sonho, esta era a única e toda a esperança da Globo para fugir do desastre empresarial em que se meteu por conta da aventura da tv a cabo, num delírio megalomaníaco de dominar o Brasil através do sistema "a cabo". (Só mesmo um gênio muito incompetente e arrogante para desafiar as regras de mercado mais elementares e supor que iria descobrir a pólvora já acesa e reinventar a roda sem ninguém perceber)<br />A chamada TV a cabo, por si só já é uma aventura gigantesca, pois não só usa uma tecnologia ultrapassada (cabo), quando a tendência é "wireless" (sem cabo), como ainda tem que contar com a complacência e boa vontade dos governos locais das grandes capitais para facilitar a implantação do caríssimo sistema de cabeamento. Sem falar que em um país gigantesco como o Brasil o cabeamento é absolutamente inviável. E mesmo nas grandes capitais somente três ou quatro delas mostram-se economicamente viáveis. Razão pela qual o sonho da tv a cabo foi o grande delírio que empurrou a Globo ladeira a baixo, arrastando as empresas lucrativas neste sonho mirabolante de arrogância e megalomania. E que somente poderia ser salvo por um ato de misericórdia do governo, jogando dinheiro pela janela, a fundo perdido - o único que poderia colocar dinheiro bom em cima de um projeto tão ruim.<br />Pois bem, numa decisão histórica, bem recente, publicada no Diário Oficial do dia 13 de novembro de 2004 (êta dia treze bom...), o Tribunal de Contas da União, por unanimidade, simplesmente soterrou e fulminou todo e qualquer sonho da Globo em aproveitar-se do BNDES para tapar seus rombos de má administração e gestão ruinosa.<br />O relatório publicado no Diário Oficial, que na realidade mais do que um relatório é uma decisão unânime do Tribunal de Contas da União, determina que o presidente do BNDES cumpra uma série de exigências, dentre as quais que o BNDES deverá prioritariamente resguardar os interesses do banco, antes dos interesses de terceiros. Indo mais além, determina o TCU que o BNDES não pode liberar novos recursos na tentativa de recapitalizar a NET, vez que a os recursos devem vir de outra iniciativa que não o BNDES. E como uma pá de cal sobre um corpo agonizante, quase defunto, arremata o Ministro: "O BNDES deve se afastar da participação acionária da NET".<br />Mais claro e mais cristalino do que isso... impossível.<br />Não bastasse a clareza da exposição do relatório, quase que como uma maldade, aprofunda ainda mais a questão ao determinar que sejam encontradas soluções imediatas e adequadas para reequacionar as dívidas pendentes da NET, substituindo as operações cujas dívidas estão expressas em dólares americanos (cuja variação de câmbio quase que inexiste, ou quando existe é favorável à Globo, pois o dólar ao invés de subir do patamar de R$3,00 vem caindo dia após dia) para transformar as dívidas em moeda estrangeira em dívida em moeda nacional. Ou seja, ao invés de deixar de pagar por uma dívida cuja variação de dólar está caindo, a dívida passa a ser convertida em reais, pagando-se os altos juros e variações do mercado brasileiro.<br />Dizer que isso é um pesadelo para a Globo é muito pouco, pois é muito pior, infinitamente pior do que um "simples" pesadelo ou de uma "simples" morte. É assistir, em vida, impotente, e sem nada poder fazer, ao desmoronamento e morte gradativa e gradual de um "império" que até bem pouco tempo parecia inabalável e indestrutível. E ainda ter o que restava de sua credibilidade enxovalhada pela determinação do Ministro ao instruir à unidade de controle externo do Tribunal de Contas da União que "acompanhe toda a operação, usando seu poder de cautela, para evitar qualquer prejuízo ao erário."<br />Foram-se os tempos em que a Globo mandava e desmandava neste país.</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-83766616945300921642009-05-04T16:30:00.000-07:002009-05-04T16:34:18.518-07:00Romero da Costa Machado<div align="justify">Trabalhou como Auditor na Rede Globo e Controller da Fundação Roberto Marinho, assessorando diretamente o dono da emissora, Roberto Marinho, e o Vice-Presidente José Bonifácio de Oliveira Sobrinho (Boni) até 1987, quando saiu da emissora, indignado pelo acobertamento das mais diversas fraudes e irregularidades cometidas por funcionários graduados da Fundação e da emissora. Inclusive rebelou-se contra o vínculo de funcionários da Globo ligados à dirigentes de facções criminosas, como bicheiros cariocas, o que fizeram com que escrevesse o livro Afundação Roberto Marinho, publicado em 1987 editado pelo Editora Tchê, cuja venda foi dificultada várias vezes pela família Marinho ao tentar impedir que o livro fosse distribuído nas livrarias, e hoje é raridade em sebos e livrarias.<br />No livro, Roméro Machado descreve todo o esquema de arrecadamento ilícito de dinheiro público por parte da Fundação Roberto Marinho, principalmente, denunciando gente graúda de então como José Bonifácio de Oliveira Sobrinho (o Boni, então vice-presidente da Rede Globo) e João Carlos Magaldi, publicitário e então Diretor da Fundação e da Central Globo de Comunicação. Suas denúncias eram tão graves que um famoso criminalista e ex-Secretário de Polícia do Rio de Janeiro (Nilo Batista) chega a prever, com base nos dados auditados, a prisão do próprio Roberto Marinho por até 20 anos. Algumas de suas graves acusações foram base para a instalação de duas CPIs e inspirou o documentário Beyond Citizen Kane.<br />Os adversários e pessoas atingidas por Roméro da Costa Machado defendem-se o acusando de usar os dados ao seu favor, e de que toda a sua escalada de denúncias seja uma vingança, o que não é verdade. Tanto quanto é improcedente, a alegação de que o Auditor se aliou a Edir Macedo, dono da Igreja Universal do Reino de Deus, dando entrevistas à Rede Record na época da "guerra santa" entre os dois canais provocada pelo chute numa imagem de Nossa Senhora Aparecida por um dos bispos da IURD num programa religioso da Record, em 12 de outubro de 1995, dia de Nossa Senhora Aparecida. Quando o que de fato aconteceu, segundo Machado, foi ter se prontificado a defender Record e mais tarde a LBV contra os ataques da Globo, posto que, na realidade, tanto a Record quanto a LBV estavam sendo alvos de ataques insanos e sofrendo uma insidiosa campanha difamatória por parte da Globo por ambas terem recebidos canais importantes e terem se tornado concorrentes incômodos para a Rede Globo.<br />Desde que saiu da Globo, em 1987, após oito anos de trabalho, escreveu dezenas de artigos em vários jornais, em especial na Tribuna da Imprensa, de abordagem política e outros contra a Rede Globo. (Vide alguns em links abaixo)<br />Machado alega que seus artigos, políticos, notadamente contra a Globo, são embasados, fundamentados e terríveis, tanto que jamais foi processado por qualquer político ou pela Globo por dizer uma única mentira que fosse.<br />Atualmente, Roméro Costa Machado tem uma editora (Meus Caros Amigos), além de prestar assessoria para várias empresas e a dedicar-se a dar palestras em universidades e diretórios estudantis, visando propagar sua visão política nacional, ética e as entranhas das Organizações Globo.<br />Recentemente, na última eleição presidencial em que Lula foi reeleito, foi atribuído a Roméro uma inverídica e descabida denúncia sobre um novo escândalo Proconsult, que estaria em progresso nas eleições presidenciais de 2006, envolvendo todas as grandes emissoras de televisão (inclusive a Record e a Igreja Universal, e jornais para reeleger Lula. Roméro nega tal autoria, por ser, tal artigo, veiculado como se fosse seu, uma cópia malfeita de seu artigo original sobre o Escândalo Proconsult, a maior fraude eleitoral levada a efeito no país.</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-38014049961297752352009-05-04T16:21:00.000-07:002009-05-04T16:30:27.401-07:00Roberto Marinho influiu durante sete décadas<div align="justify">da Folha de S.Paulo, no Rio<br />Nenhum brasileiro acumulou tanto poder ao longo do século 20 como o jornalista e empresário Roberto Marinho, criador do maior conglomerado de mídia e entretenimento do Brasil.<br />Seu império começou a ser erguido a partir do jornal "O Globo", herdado do pai, Irineu Marinho, e cresceu sem interrupção ao longo de sete décadas.<br />Com uma fortuna pessoal de US$ 1 bilhão de dólares, ele consta da lista dos homens mais ricos do mundo elaborada pela revista "Forbes".<br />A história das Organizações Globo pode ser dividida em três grandes fases. A primeira delas começa em 1925, com o lançamento do "Globo", percorre os anos 30 e 40, com o sucesso das revistas de quadrinhos norte-americanos, e passa pela aquisição da rádio Globo (44).<br />A segunda começa em 1965, quando entra no ar a primeira emissora de TV, que se tornaria porta-voz do regime militar.<br />A terceira começa em meados dos anos 90, quando o grupo abre o capital, investe em novas mídias e dá início ao processo de sucessão de Marinho.<br /><br />O começo<br />Roberto Pisani Marinho nasceu no Rio de Janeiro no dia 3 de dezembro de 1904. Seus pais --Irineu Marinho Coelho de Barros e Francisca Pisani Barros-- tiveram cinco filhos (três homens e duas mulheres).<br />Irineu Marinho foi um jornalista importante do início do século 20. Fundou, em 1911, "A Noite", um jornal de oposição que logo conquistaria a liderança no mercado de vespertinos.<br />Em 29 de julho de 1925, lançou "O Globo", com duas edições diárias e uma tiragem inicial de 33.435 exemplares. Roberto Marinho tinha 20 anos e foi trabalhar com o pai, como repórter e secretário particular.<br />Vinte e um dias depois, Irineu Marinho morreu de infarto, enquanto tomava banho. Instado por sua mãe a assumir a direção do jornal, Roberto Marinho preferiu confiá-la a um colaborador do pai, Euricles de Matos, enquanto continuava seu aprendizado dentro do jornal.<br />Apenas em maio de 1931, quando Euricles de Matos morreu, Roberto Marinho assumiu definitivamente a direção do jornal.<br />Tinha então 26 anos. Fizera os estudos primários em escolas públicas, depois cursara uma escola profissionalizante e interrompera o curso de humanidades para trabalhar com o pai no "Globo". Não chegou, portanto, a concluir curso superior.<br />"O Globo" surgiu como um jornal noticioso, em oposição ao jornalismo partidário que ainda se praticava na época, e defensor, simultaneamente, de causas populares e da entrada no país de capital estrangeiro.<br />"O Globo" apoiou o governo provisório instituído pela Revolução de 30 e, em 1932, a Revolução Constitucionalista.<br />Com posição editorial sempre cautelosa, fez do combate ao comunismo uma de suas marcas.<br />O jornal fez restrições ao golpe que gerou o Estado Novo (1937), mas Marinho participou do Conselho do Departamento de Imprensa e Propaganda, responsável pela censura a jornais.<br />Na Segunda Guerra Mundial, "O Globo" foi a favor do rompimento com a aliança da Alemanha, Itália e Japão e tomou posição a favor do fim da ditadura de Getúlio Vargas.<br />Embora o jornal fosse o cartão de visita de Marinho, o crescimento financeiro do grupo se deu por causa da edição de gibis, histórias em quadrinhos norte-americanas e de empreendimentos imobiliários.<br />Em dezembro de 1944, Roberto Marinho comprou a rádio Transmissora, da RCA Victor, e inaugurou sua primeira emissora, a rádio Globo.<br />Com a eleição de Vargas, passou a lhe fazer forte oposição. Em 53, o jornal fez campanha contra a criação da Petrobras.<br />Naquele mesmo ano, a rádio Globo foi franqueada ao jornalista Carlos Lacerda (1914-1977), que a usou para atacar Vargas e os empréstimos do governo a Samuel Wainer (1912-1980) para o lançamento do jornal "Última Hora". Embora o próprio "Globo" tenha se beneficiado de empréstimos oficiais.<br />O suicídio do presidente, em agosto de 54, provocou grande comoção popular, durante a qual duas caminhonetes da rádio Globo e dois caminhões do jornal foram incendiados.<br />Em 1955, elegeu-se Juscelino Kubitschek (1956-61), a quem Marinho fez oposição moderada e de quem ganhou a primeira estação de TV, a Globo do Rio.<br />Na eleição seguinte, apoiou Jânio Quadros, mas em seguida discordou de sua política externa e se decepcionou com a renúncia, em 1961.<br />Ele inicialmente foi tolerante com o sucessor de Jânio, João Goulart (PTB), mas logo passou a conspirar para derrubá-lo. Colocou seus veículos à disposição da oposição e apoiou o golpe militar de 1964.<br />No entanto, foi durante o governo de João Goulart que Roberto Marinho ganhou sua segunda concessão de TV, a Globo de São Paulo.<br /><br />Os militares<br />As Organizações Globo, "integradas no processo revolucionário", deram seu total apoio aos governos que se estabeleceram a partir de 64.<br />Sob o regime militar, Marinho deu um salto decisivo na expansão de seus negócios ao inaugurar, em abril de 65, a TV Globo do Rio. Seu jornal estava entre os mais vendidos na cidade e a rádio era líder de audiência.<br />A TV Globo se firmou rapidamente por três razões: um acordo financeiro e operacional com o grupo norte-americano Time-Life, a colaboração com o regime militar e o declínio das TVs Tupi e Excelsior.<br />O acordo com o grupo Time-Life (injeção do equivalente hoje a US$ 25 milhões, mais assessoria técnica e comercial) recebeu inúmeras críticas, porque Marinho ignorou o artigo 160 da Constituição de 1946, que vetava a participação acionária de estrangeiros em empresas de comunicação.<br />O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito criada para investigar o acordo concluiu que a Constituição fora de fato desrespeitada, mas o procurador-geral da República, em 67, e o presidente Artur da Costa e Silva, em 68, decidiram que a operação havia sido legal.<br />A TV Globo conquistou os cariocas no verão de 1966, quando fez com exclusividade a cobertura ao vivo das enchentes que deixaram dezenas de mortos e feridos no Rio.<br />A idéia da cobertura ao vivo foi do executivo Walter Clark (1936-1997), que viria a implantar, nos anos 70, o famoso "padrão Globo de qualidade".<br />A "lua-de-mel" da emissora com o público duraria até 82, quando a Globo foi identificada com a tentativa de se impedir a vitória de Leonel Brizola para o governo do Rio, no episódio conhecido como Caso Proconsult.<br />Roberto Marinho teve grandes adversários, como Assis Chateaubriand (1892-68), Carlos Lacerda, Samuel Wainer. Brizola foi outro desafeto de décadas. Em 15 de março de 94, o locutor Cid Moreira leu, no Jornal Nacional, texto de Brizola, que ganhou na Justiça um direito de resposta. "Tudo na Globo é tendencioso e manipulado", teve de afirmar o locutor.<br />A TV Globo ficou associada ao regime autoritário por ter sido porta-voz dos militares e por ter crescido naquele período. As empresas jornalísticas do grupo se adaptaram às regras impostas pelos governantes: o noticiário político desapareceu e o econômico fazia eco aos "milagres" de Delfim Netto e sucessores. Caso célebre de colaboração foi "Amaral Neto, o Repórter", programa em que supostos documentários ajudavam a construir a imagem positiva do regime.<br />Em 1972, o então presidente Emílio Médici chegou a afirmar: "Sinto-me feliz todas as noites quando assisto ao noticiário. Porque, no noticiário da TV Globo, o mundo está um caos, mas o Brasil está em paz".<br />Esse tipo de procedimento tendencioso acabou permeando o conteúdo editorial dos veículos de Marinho até a década de 80, já no correr do processo de transição democrática.<br /><br />A mudança de rumo<br />Em 1983, Roberto Marinho começou a mudar os rumos de seus compromissos políticos. Naquele ano, ele informou ao presidente João Baptista Figueiredo (1979/ 85) que daria apoio a um projeto que previsse a alternância de poder no governo federal.<br />Mas, no primeiro semestre de 1984, a Rede Globo ignorou completamente as manifestações populares em favor de eleições diretas para presidente da República. Somente a partir do comício da Candelária, no Rio, quando a campanha já tinha se consolidado e eram grandes as pressões e as hostilidades contra a emissora, a TV transmitiu reportagem completa, ao vivo.<br />Com a derrota das Diretas-Já, a disputa pela sucessão de Figueiredo foi para o Colégio Eleitoral. Marinho passou, então, a apoiar a candidatura moderada de Tancredo Neves (PMDB) contra Paulo Maluf (PDS). Tancredo foi eleito pelo voto indireto, mas morreu antes de tomar posse.<br />Roberto Marinho manteve sua influência no governo herdado por José Sarney (1985/90): nomeou os ministros Leônidas Pires Gonçalves (Exército) e Antonio Carlos Magalhães (Comunicações) e influiu na escolha de titulares da área econômica, como Maílson da Nóbrega.<br />Com Sarney, a família Marinho conseguiu mais quatro concessões de TV.<br /><br />A má imagem<br />A imagem politicamente antipática do grupo nasceu durante o governo militar e se cristalizou no início da década de 80, quando se acelerou o processo de redemocratização.<br />Casos como as coberturas parciais e enviesadas das greves dos metalúrgicos do ABC (79), da eleição para o governo do Rio de Janeiro (82), a relutância na cobertura da campanha das Diretas-Já (83/84), a polêmica edição do debate entre os candidatos a presidente Fernando Collor e Lula (89) marcaram não só a imagem da emissora como de todo o grupo de Marinho.<br />O slogan "O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo" vem, desde então, sendo repetido em diversos episódios históricos.<br />Na eleição presidencial de 89, Marinho apoiou Fernando Collor de Mello. O segundo turno foi disputado por Collor e Lula. O último debate foi transmitido ao vivo pela Globo. Mas, no "Jornal Nacional", a emissora apresentou uma edição do debate francamente favorável a Collor, que teve um minuto e 12 segundos a mais de tempo de exposição. Era uma evidência da parcialidade da emissora.<br />Collor e Marinho se entenderam até agosto de 92, quando a campanha pela destituição do presidente já tinha sido encampada por toda a sociedade.<br />Em 1994 e 1998, Roberto Marinho apoiou a candidatura de Fernando Henrique Cardoso.<br />A partir de 1995 as Organizações Globo iniciaram um processo de reconstrução de sua própria imagem. A TV Globo, que então completava 30 anos, mudou a orientação jornalística, em busca de um noticiário mais isento e despolitizado, e inaugurou o Projac (Projeto Jacarepaguá), maior complexo de estúdios, auditórios e produção televisiva da América Latina.<br />A construção do Projac, aliás, foi cercada de polêmica porque o empreendimento recebeu empréstimo de US$ 38 milhões da Caixa Econômica Federal, operação que contrariou parecer técnico da CEF e que foi questionado na Justiça.<br />A partir de 1995, passou a ficar mais nítida a dificuldade enfrentada pela emissora para manter os mesmos índices de audiência e sua liderança em horários estratégicos.<br />Vencido pela idade, Roberto Marinho foi participando cada vez menos das atividades de suas empresas. Em depoimento gravado no final de 2000, a memória já estava fraca e seletiva, fixada apenas em "O Globo", o vespertino de Irineu Marinho que deu origem ao império.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u52057.shtml">Link original no site da Folha de S. Paulo</a></div><div align="justify"> </div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-62181458767149290232009-05-04T16:19:00.000-07:002009-05-04T16:20:44.114-07:00Roberto Marinho<div align="justify">Herdou ainda jovem o jornal O Globo, fundado por seu pai, Irineu Marinho em 29 de julho de 1925, o qual ele ampliou, fundando uma cadeia de rádios entre as quais se destacam a Rádio Globo e a Rádio CBN, somente de notícias. Em 26 de abril de 1965, graças ao governo do Regime Militar, fundou a Rede Globo de Televisão, que se tornou o principal canal de Televisão do Brasil e a terceira maior do mundo<br />Roberto Marinho sempre defendeu o liberalismo econômico, com aliança estratégica com os Estados Unidos. Foi adversário de políticos como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Leonel Brizola e Lula. Quando Getúlio Vargas se matou, como presidente da República em 1954, seu jornal foi destruído pela população, quase falindo. Foi acusado de ser o mentor intelectual da Ditadura Militar, apoiada por ele, assim como de manipular as eleições para governador do Estado do Rio de Janeiro, quando Leonel Brizola venceu. Também acusado de mandar nas comunicações brasileiras no governo de José Sarney, quando Antônio Carlos Magalhães, dono de uma afiliada da Globo, foi ministro das comunicações. Em 1989, foi acusado de manipular a edição do Jornal Nacional, após o debate de segundo turno entre Fernando Collor e Lula da Silva, para ajudar Collor a ser eleito presidente. Em 1992, o Jornal Nacional teve que publicar um direito de resposta de Leonel Brizola com acusações contra o dono das Organizações Globo. Com o governo Fernando Henrique, as Organizações Globo passaram por uma grande crise, retirando o nome do jornalista na lista de bilionários da revista Forbes.<br />Com sua primeira esposa em 1946, Stella Goulart Marinho, teve quatro filhos: Roberto Irineu Marinho, Paulo Roberto Marinho (falecido aos dezenove anos, em 1970), João Roberto Marinho, e José Roberto Marinho. O segundo casamento foi com Ruth Albuquerque, em 1971, já se divorciando da primeira esposa. Seu último casamento, o terceiro, foi com Lily de Carvalho Marinho, em 1991.<br />Em 6 de agosto de 2003, aos 98 anos, Roberto morreu num hospital na sua cidade natal.<br />Foi o sétimo ocupante da cadeira 39 da Academia Brasileira de Letras, embora nunca tenha escrito um livro, eleito em 22 de julho de 1993 na sucessão de Otto Lara Resende. Foi recebido pelo acadêmico Josué Montello em 19 de outubro de 1993.</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-29728410837486845262009-05-04T16:18:00.000-07:002009-05-04T16:19:46.940-07:00Riocentro e Gasômetro<div align="justify">por Roméro da Costa Machado, escritor.<br /><br />Dando seqüência ao artigo de 28 de junho de 1993, publicado na Tribuna de Imprensa, hoje vamos resumir mais alguns dos escândalos da próspera associação criminosa da Rede Globo com a ditadura militar iniciada em 64, que são os casos do Riocentro e do Gasômetro.<br />Passados cerca dos quatro primeiros anos da ditadura sem que de fato fosse combatido a sua aparente causa (combater a corrupção e a subversão), os militares não tinham prendido nenhum grande corrupto e a tal subversão era somente uma grande neurose que dominava a ideologia anticomunista dos quartéis (incutido pelos representantes americanos da CIA que viam perigo em livros, filmes, e até no ballet do teatro Bolshoi, como sendo tudo fruto de uma "ideologia exótica") eis que para revigorar, manter e justificar o prolongamento da ditadura militar eles precisavam inventar algo para colocar a culpa nos tais perigosos "subversivos" (que segundo a lenda, comiam criancinhas em Moscou) e com isso prolongar por muitos e muitos anos a já fracassada ditadura militar.<br />O sórdido plano dos militares era provocar uma grande matança de comoção nacional (isso mesmo, matança, chacina) e colocar a culpa nos subversivos comunistas. E a data e local propício para isso seria a festa (lotada) com entrada gratuita para celebrar o dia do trabalhador, a ser realizado no Riocentro.<br />Enquanto estava havendo o show dentro do Riocentro, os militares fecharam as portas de saída pelo lado de fora, e pretendiam explodir e tacar fogo no Riocentro, fazendo com que as pessoas do lado de dentro (o povo) entrasse em desespero e acabasse morrendo pisoteado, pelo pânico, pelo terror, pelo confinamento cruel e covarde.<br />Entretanto, a justiça divina foi mais poderosa e fez explodir as granadas no colo dos dois militares que estavam no carro Puma e que iriam chacinar tanta gente.<br />Esta história só foi possível ser contada e desmascarada graças à bravura do Coronel Dickson Grael que a tudo denunciou, inclusive e principalmente as mentiras da Globo pelo Jornal Oficial Nacional, que falsificando notícia e fabricando verdades, dava uma versão fantasiosa para o escândalo da chacina do Riocentro, totalmente diferente do que realmente tinha acontecido, e por muitos e muitos anos a Globo sustentou, a mando dos militares, que a tentativa de chacina do Riocentro jamais aconteceu.<br />Muito semelhante ao escândalo do Riocentro, e tão terrível quanto, foi a tentativa de explodir o gasômetro do Rio de Janeiro, mandando pelos ares mais de um quarteirão, ceifando inúmeras vítimas inocentes, para mais uma vez colocar a culpa nos comunistas subversivos e justificar mais anos e anos de uma ditadura "protetora".<br />E mais uma vez este plano de crime de chacina foi evitado e só foi descoberto graças à bravura do Capitão Sérgio-Macaco. Pois pela versão oficial dos militares, sustentado como verdade pela Rede Globo, este incidente jamais aconteceu ou teria acontecido.<br />Foram preciso anos e anos sendo ridicularizado pela Rede Globo, como sendo um desequilibrado mental, para que finalmente a verdade aparecesse. E somente quase no final da vida o bravo Capitão Sérgio Macaco (perseguido, humilhado e punido pelos próprios militares) pôde ver finalmente contada a sua versão, a verdadeira história do terrível e criminoso incidente. E quando as forças armadas finalmente foram obrigadas judicialmente a repor e reparar todas as injustiças feitas contra o bravo Capitão Sérgio Macaco, ele já estava no fim da vida e não mais podia usufruir da "ajuda".<br />Estes dois casos são só uma pequena amostra do quanto a Globo interferiu na vida da população brasileira, o quanto mentiu, o quanto falsificou verdades e o quanto foi corrupta e suja em troca de dinheiro vil, pagamentos estes que foram a base de prosperidade da Rede Globo como um império surgido da lama, da falsificação de notícias e do dinheiro sujo da ditadura militar.</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-25988587364932882372009-05-04T16:16:00.000-07:002009-05-04T16:18:11.237-07:00Organizações Globo<div align="justify">As Organizações Globo são um conglomerado de empresas brasileiras concentradas especificamente na área de mídia e comunicação, além de atuar nos mercados financeiro e imobiliário, e na indústria alimentícia.<br />A primeira iniciativa da holding foi o jornal A Noite, fundado e dirigido por Irineu Marinho, no Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Em 1925, com o sucesso do vespertino, Marinho decide fundar um segundo jornal, O Globo, para concorrer com os demais como Correio da Manhã, O Paiz, Gazeta de Notícias, Diário Carioca e Jornal do Brasil. Com a morte repentina de Irineu Marinho apenas semanas depois, seu filho Roberto Marinho herdou o jornal e passou à direção da empresa. Trabalhando ativamente no Jornalismo e na administração, decidiu ampliar o negócio e investir em outras mídias além da impressa. Em 1944, inaugurou a Rádio Globo, também no Rio.<br />O grande salto da empresa aconteceu com a inauguração da TV Globo (criada em 1964 e transmitida a partir de 1965), com a qual a empresa se tornou líder no segmento de mídia e expandiu negócios, até atingir e consolidar o monopólio de fato no Brasil e estabelecer negócios no exterior - como com a portuguesa SIC.<br />Sobre a Globo, manifestaram-se negativamente pessoas como Chico Buarque de Holanda: "O poder da Globo é assustador" e Leonel Brizola: "Tudo na Globo é tendencioso e manipulado, [A Globo] ataca e tenta desmoralizar os homens públicos que não se vergam diante do seu poder". O próprio Roberto Marinho teria dito certa vez: "Eu uso o poder, eu sou o poder". Mais informações podem ser vistas no documentário Muito Além do Cidadão Kane.<br />Na década de 1990, começaram os trabalhos do Projeto Memória das Organizações Globo, que visa resgatar e preservar dados a respeito de todos os órgãos Globo, entre mídia impressa, audiovisual e digital.<br /><br />Televisão<br />Rede Globo · Endemol Globo · Projac · Globo Internacional · Globosat · Tele Monte Carlo <br /><br />Cabo e satélite NET (NET Digital)<br />NET Virtua · NET Fone (via Embratel) (75%) · SKY Brasil (24%)<br /><br />Jornais<br />O Globo · Extra · Expresso · Diário de S. Paulo · Valor Econômico (50%)<br /><br />Revistas Editora Globo<br />Revista do Globo · Época · Época Negócios · Galileu (antiga Globo Ciência) · Auto Esporte · Casa & Jardim · Crescer · Criativa · Globo Rural · Marie Claire Brasil · Pequenas Empresas & Grandes Negócios · Quem · Revista Fantástico · Gráfica Globo Cochrane<br /><br />Internet<br />Globo.com · G1 · Globo Online · GloboEsporte.com · GloboRadio.com · Blogger Brasil · Kit.net · Globomail · Globolog · Globovox · EGO · Zoom · 8P · Zap (50%) · Baixatudo · Paparazzo · BlogLog<br /><br /><br />Rádio Sistema Globo de Rádio<br />Rádio Globo AM · Rádio Globo FM · CBN · BH FM · 98 FM (Curitiba) · BEAT98 · Multishow FM · Rádio SporTV · Rádio GNT<br /><br />Outras empresas e iniciativas<br />Criança Esperança · Amigos da Escola · Fundação Roberto Marinho · Globo Filmes · Globo Marcas · Inbasa · Imobiliária RoMa · Som Livre · Globo Vídeo · Loja Globo Marcas · Memória Globo</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-81286322901164012412009-05-04T16:14:00.001-07:002009-05-04T16:14:57.415-07:00Operação Bandeirantes OBAN<div align="justify">por Roméro da Costa Machado, escritor.<br /><br />Dando seqüência ao artigo de 28 de junho de 1993, publicado na Tribuna de Imprensa, hoje vamos resumir um dos escândalos mais repulsivos da próspera associação criminosa da Rede Globo com a ditadura militar iniciada em 64, que é a chamada Operação Bandeirantes ou OBAN.<br />Durante toda a sua existência, a Globo jamais denunciou, jamais reportou jornalisticamente ou jamais fez citação aos crimes relativos às torturas e mortes ocorridas nos porões da ditadura militar. Ao contrário, em benefício da sua prosperidade financeira, sempre silenciou, sempre se acumpliciou com os crimes da ditadura militar e sempre iludiu e enganou o povo fabricando verdades aos interesses e sabor dos militares que queriam se perpetuar no poder.<br />Um dos mais nauseabundos casos foi a chamada Operação Bandeirantes (OBAN), onde as pessoas eram torturadas até confessarem o que sequer sabiam, e depois, sem ter mais qualquer valia ou serventia, eram levadas de avião, e jogadas em alto mar, com a barriga aberta a sangue frio, de modo a não boiarem e afundarem rapidamente, para jamais serem encontradas por seus amigos e parentes. (São os incontáveis "desaparecidos" da ditadura militar)<br />Não bastasse a crueldade da tortura e morte... Como a Globo retratava jornalisticamente estes fatos de tortura e morte?<br />Falseava, mentia, iludia o povo. Inventava mil histórias mentirosas, fabricava mil "verdades", apresentando os militares como sendo brasileiros honrados e democratas, incapazes de qualquer ato antipatriótico, simplesmente reagindo aos perigosos, cruéis e sanguinários subversivos. Enquanto, neste meio tempo, o povo era torturado, morto, quando não apresentado em cadeia nacional pela TV Globo como sendo um perigoso "terrorista" de ima ridículo ideologia estranha (não-americana).<br />As cenas de televisão apresentadas pela Globo eram terríveis, como num filme de terror ou num dos cruéis e extremamente verdadeiros e realista filmes de Costa Gravas, pois além da Globo não relatar o que acontecia, ainda torcia e destorcia a história completamente. Era comum a Globo apresentar, em horário nobre, um pobre coitado, visivelmente "preparado" após uma extenuante tortura, confessar, vergonhosamente, que estava arrependido dos crimes que "eles" (os militares) inventavam para serem confessados pelos torturados.<br />Mas o mais nojento e repulsivo era como a Globo fabricava a verdade com detalhes. Pois paralelamente às "confissões" apresentadas em horário nobre, ainda justificava claros e evidentes assassinatos por tortura, como os de Vladimir Herzog, Rubens Paiva, Fiel Filho, Stuart Angel, e outros, como tendo sido suicídio, morte natural, desaparecimento e etc, sempre amparado por laudos médicos de legistas do terror, como Dr. Harry Shibata e outros menos badalados, que davam um cunho profissional de aparente seriedade a todos os "acidentes", "suicídios" e "desaparecimentos", jamais tratados como assassinatos por tortura e, cuja verdade como notícia a Globo tratava de fabricar.<br />Hoje, é repugnante, vomitável, ter que assistir a Globo apresentando-se como uma empresa séria, sem máculas e vínculos com a criminalidade e com o obscurantismo, como se fosse um exemplo de jornalismo sério. Quem não a conhece que a compre.<br />O jornalismo da Globo sempre foi sujo, mentiroso, criminoso, lacaio, servil. Um balcão de negócios. Razão pela qual o povo cunhou - com muita propriedade - um slogan irrefutável: "O povo não é bobo. Abaixo a Rede Globo". E isso não nasceu no seio do povo por acaso.</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-82682201749265728442009-05-04T16:11:00.000-07:002009-05-04T16:13:54.207-07:00O supermercado Globo<div align="justify">por Roméro da Costa Machado.<br /><br />Justiça seja feita, o nome "supermercado" aplicado ao que a Globo chama de jornalismo, é da lavra do mais antigo jornalista em atividade com coluna diária, Hélio Fernandes, da Tribuna da Imprensa, e a ele deve-se royalties por este batismo. Aliás, mais do que um batismo da Globo como "supermercado", Hélio é implacável quanto as origens da Globo, que não só surgiu, viveu e prosperou à sombra da ditadura militar como sempre foi um enorme balcão de negócios onde tudo é negociável, com preço para publicar e preço para não publicar.<br />Surgida junto com o golpe militar, em 1964 (e não 1965 como quer fazer crer a Globo pelas festas que planeja para os 40 anos em 2005 - que na realidade são 41 anos em 2005, pois os 40 anos foram completados em 2004), a Globo, mais do que um simples "supermercado" - onde tudo é negociável - foi um grande instrumento de auxílio à repressão política. Perseguiu jornalistas, perseguiu políticos, perseguiu adversários, perseguiu, perseguiu, perseguiu. E no rastro dessa perseguição, um testemunho de um dos perseguidos é bastante esclarecedor: o registro feito pelo jornalista Paulo Francis no jornal alternativo "O Pasquim", na edição de janeiro de 1971 (auge da ditadura militar), a respeito de Roberto Marinho.<br />Diz Paulo Francis, em seu jeito duro e lacônico, sobre o "doutor" Roberto Marinho: "Vou escrever sobre porcaria. Uma expressão pornográfica: Roberto Marinho. RM - Abreviemo-lo ao máximo. Esgoto. Esgoto é uma imagem inexata de RM, porque até o esgoto tem uma útil função social. Roberto Marinho golpeou-nos pelas costas. A marcha ré é o seu forte. Tomamos uma vacina anti-rábica. De "O Globo" só acreditamos na data do cabeçalho, devidamente cotejada com a folhinha. Mas, e nossas famílias, despreparadas para o ataque raboso dessa criatura? O revide exato seria a vida íntima de RM. Descer à vida íntima de RM seria cair na pornografia. Está aí, enfim, uma característica humana de RM: a imbecilidade. Nunca escrevi com tanto nojo de um assunto. Carlos Lacerda demonstrou que RM pagava só 300 contos de imposto de renda, há poucos anos, e ainda pedia devolução de trocados, quando não se declarava isento. Mas isso é uma página, não uma enciclopédia de crime. Que continue e em expansão é um caso de polícia. Literalmente, RM é feito daquela matéria que a maioria das pessoas expele, mas que nele é corpo, e com perdão da palavra, alma. Só sabe mentir. Registro o fato apenas para que historiadores livres do futuro possam usá-lo no contexto certo."<br />Pois então que fique o registro para todo o sempre, vez que seu uso é absolutamente dentro do contexto. Que fique o registro, para que ninguém se iluda com essa farsa de propaganda a respeito do Jornal Nacional e a comemoração dos seus 35 anos, como se o jornalismo da Globo fosse um jornalismo sério e honrado. Uma vez que pelos registros, conforme citado anteriormente, a única coisa confiável no jornalismo da Globo é a data, desde que conferida antes com o calendário.<br />Que fique o registro, para que ninguém se iluda com a propaganda bibliográfica do livro escrito pelo empregado Pedro Bial, que destaca Roberto Marinho como um grande homem, e acima de tudo homem sem aspas e com H maiúsculo, quando o artigo do Paulo Francis aponta no sentido contrário e é bastante explícito quanto a este assunto, ao falar ironicamente em: "pelas costas, marcha ré é o seu forte e ataque raboso."<br />Que fique o registro, para que não se pense que a repulsa à Globo e seu jornalismo de ocasião seja uma coisa gratuita ou dirigida. E que se registre que o jornalismo da Globo não só é mentiroso, ocasional e casuístico, como coroa a Globo como o grande "supermercado", o balcão de negócios, conforme implacavelmente batizado pelo brilhante jornalista Hélio Fernandes. E que fique o registro histórico para que diante de mentiras de propaganda adocicadas sobre o que possa ser a Globo ou quem foi Roberto Marinho, se possa ter o recurso da memória e rejeitar essas infames publicidades que em nada retratam fielmente o que seja a Globo e Roberto Marinho.</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-3281495707019440782009-05-04T16:10:00.001-07:002009-05-04T16:10:57.296-07:00O Retrato de Roberto Marinho em Preto e Branco<div align="justify">por Roméro da Costa Machado, escritor.<br /><br />No auge da briga do livro "Afundação Roberto Marinho", em 1988, e nos primeiros anos seguintes, principalmente em razão da CPI contra a "Afundação", desesperadamente abafada por Roberto Marinho para livrá-lo dos possíveis mais de 20 anos de prisão, conforme preconizado pelos criminalistas Paulo Goldrajch e Nilo Batista, uma briga paralela acabou revelando algo ainda mais estarrecedor do que o próprio escândalo da "Afundação". Qual seja, um retrato de Roberto Marinho, de corpo inteiro, em preto e branco, traçado pelo seu melhor e mais antigo e fiel amigo, Armando Falcão, ex-Ministro da Justiça da ditadura militar que abençoou a Globo.<br />Armando Falcão, amigo fiel e dedicado a Roberto Marinho por mais de 30 (trinta) anos, sofreu a maior das traições de sua vida. Teve seu filho, Guilherme Falcão, dirigente da "Afundação", demitido sumariamente por Roberto Marinho, e também pelo fato de seu irmão, José Armando Falcão estar defendendo a ex-esposa de Roberto Marinho, D. Ruth Albuquerque Marinho, na separação do casal.<br />Pai ferido, o ex-ministro Armando Falcão, em defesa do filho não poupou em nada o seu ex-melhor amigo Roberto Marinho e traçou um preciso, meticuloso e arrepiante retrato de Roberto Marinho, chamando-o de "desumano, mesquinho, exibicionista, um camelô de si mesmo, campeão da vaidade vã, faminto de fama e caçador insaciável de títulos honoríficos, senil, analfabeto cujos textos que assina são escritos por outra pessoa (Jorge Serpa), doutor entre aspas ("Doutor Roberto") que jamais cursou uma faculdade, não sendo formado em coisa alguma, nem mesmo em jornalismo" (embora obrigue as pessoas a chamá-lo de doutor).<br />Arrematando o quadro que traçava com fortes pinceladas, Armando Falcão reforça um outro lado do perfil de Roberto Marinho com outros "atributos" do falso Doutor Roberto, como por exemplo usar de todos os meios - lícitos e ilícitos - para conseguir o que queria, construindo a gosto e bel prazer falsas reputações ou destruindo algumas das mais nobres reputações do país, conseguindo, inclusive, abafar todo e qualquer escândalo, até mesmo quando poderia ser preso (como no escândalo da "Afundação"), caso fosse um cidadão comum. E citando as próprias palavras de Roberto Marinho: "Não te mete. Deixa comigo. Sempre ganho as minhas guerras. Hoje, sou tão poderoso que me sinto um homem colocado acima do bem e do mal."<br />Esta carta duríssima, terrível, datada de 13 de julho de 1989, endereçada a Roberto Marinho, foi postada com cópia para toda a grande imprensa, mas somente a Tribuna da Imprensa publicou-a na íntegra, num primeiro momento. Os demais jornais preferiram aguardar o primeiro impacto da publicação para somente depois publicar parte da carta, ainda assim meticulosamente escolhida a dedo. As revistas de programa (assim como tem garota de programa também tem revista de programa) Vejé e Isto Eja - exatamente iguais, como irmãs siamesas - mantiveram um silêncio sepulcral, exatamente igual ao que vinham mantendo diante dos escândalos da "Afundação".<br />E encerrando a famosa carta, o ex-ministro Armando Falcão arremata: "Francamente, não sei se valeu a pena você envelhecer tanto para, chegando ao topo da montanha, mostrar-se tão diminuto, tão pequenino, tão minúsculo, tão ínfimo."<br />Este é o retrato mais perfeito e fiel de Roberto Marinho, em preto e branco, traçado com autoridade e conhecimento de causa pelo seu ex-amigo de mais de 30 anos, o ex-ministro Armando Falcão.</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-43712197234789270642009-05-04T16:07:00.002-07:002009-05-04T16:09:11.907-07:00O Império Globo de Crimes<div align="justify">por Roméro da Costa Machado<br /><br />Em 28 de junho de 1993, na Tribuna de Imprensa, eu publicava um dos mais contundentes artigos sobre a Rede Globo de Televisão sob o título acima, e que historiava, com precisão, a trajetória do Império Globo de Crimes, nascido em 64, e não em 65 como a Globo faz parecer, na lama e da lama da ditadura e que jamais se afastou deste caminho tortuoso e lamacento, conforme iremos ver ao longo de algumas edições.<br />Como o artigo é muito longo, iremos ver cada assunto isoladamente: Time-Life, Riocentro, Gasômertro, Oban, Assaltos a banco (Banerj, Banco do Brasil, Caixa Econômica/FGTS/Projac), NEC, Papatudo, Afundação Roberto Marinho, Rádio TV Paulista, BNDES, e outros. Hoje iniciaremos pelo escândalo Globo/Time-Lime.<br />O escândalo Globo/Time Life não é meramente um caso de um sócio brasileiro (Roberto Marinho) que aceita como sócio uma empresa estrangeira (Grupo Time-Life), contra todas as leis do país. O escândalo Globo/Time-Life é mais do que isso. É muito mais do que uma burla às leis brasileiras e as falcatruas todas que se seguiram à esta associação. É antes de mais nada um suporte de mídia nojento que visava apoiar, dar base, sustentação e consolidar a ditadura no Brasil, apoiada e supervisionada pela CIA, por exigência dos Estados Unidos, comandado por terroristas da CIA, como Vernon Walters e Joe Walach, sendo este último com emprego fixo na Globo, como "representante" do grupo Time-Life.<br />E esta associação Globo-Ditadura foi o principal motivo e razão da longevidade de uma ditadura de 20 anos e da grande prosperidade e sobrevivência da própria Rede Globo que, em reciprocidade ao apoio à ditadura, recebia anúncios e mais anúncios dos governos militares como forma de pagamento. Eram anúncios (na maioria das vezes em horário nobre) para todos os gostos: Aliste-se no Exército, Marinha e Aeronáutica, Seja Sócio da Bibliex-Biblioteca do Exército, e campanhas de todos os tipos: Brasil - Ame-o ou Deixe-o, vacinação disso, vacinação daquilo, Zé Gotinha, Sujismundo, Dia do Soldado, Semana da Asa, etc, etc, etc. E às custas da ditadura militar a Globo enriqueceu e tornou-se um fabuloso império nascido na lama e da lama.<br />E as benesses não paravam por aí em pagamento "cash" sob a forma de anúncios, vieram os mais de 500 mil metros quadrados do Parque Lage, ganhos de forma indecente. Os 280 mil metros quadrados no Sítio da Pedra Bonita, no Alto da Boa Vista, financiado pelo Banco do Brasil ao inimaginável juros de 1% (um por cento). E mais um monte de "doações" e "doações" como estas.<br />O escândalo Globo/Time-Life além de ser um escândalo moral e financeiro fabuloso é também um amontoado de falcatruas inimagináveis e inalcansáveis ao cidadão mortal comum, que vai desde a integralização fictícia de capital com bens que não eram dele (Roberto Marinho), passando pela alienação de bens gravados e inalienáveis, e pela importação de equipamentos pesados para montar sua indústria de comunicação com câmbio favorecido de quatro anos antes da importação (assim qualquer um fica rico) até o arrendamento de bens dele para ele mesmo para poder remeter recursos para o exterior, ao grupo Time-Life.<br />Foram tantos, tantos, tantos os abusos e falcatruas que não restou outra alternativa para fugir ao flagrante que não fosse mandar arrancar as folhas 42 e seguintes do livro 1478 do II Cartório de Ofício de Notas, conforme brilhantemente descoberto e reportado por Daniel Herz em seu livro "A História Secreta da Rede Globo".<br />Portanto, muito cuidado ao abordar e sintetizar o assunto Time-Life, pois dizer que a Globo esteve associada aos militares que deram o golpe de 64 e que o escândalo Globo/Time-Life foi só uma associaçãozinha ilegal e que tudo isso pertence ao passado é minimizar o problema e fazer o jogo de interesse da própria Rede Globo e isso, de alguma forma, ajuda a manter o Império Globo de Crimes.</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-66983226426379733582009-05-04T16:07:00.001-07:002009-05-04T16:07:53.068-07:00O escândalo Proconsult<div align="justify">por Roméro da Costa Machado.<br /><br />Com a covardia peculiar que caracteriza a Globo, lambendo botas de militares durante a ditadura e de todos aqueles que detêm poder em seus respectivos cargos, e ao mesmo tempo atacando impiedosamente quem não pode se defender, a Globo esperou o governador Leonel Brizola morrer para poder dar a sua vergonhosa versão sobre o escândalo da fraude das eleições, conhecido como escândalo Globo-Proconsult.<br />Enquanto o governador Leonel Brizola foi vivo a Globo jamais tocou no assunto e sempre teve que engolir a verdade dos fatos denunciados por Brizola. Mas bastou que ele morresse para a Globo retratar o caso da fraude eleitoral como sendo um mero caso de apuração de votos onde determinada região anti-Brizolista estava sendo computada antes de outra região notadamente Brizolista e com isso dando a impressão de que Brizola não ganharia a eleição.<br />Na realidade o caso não é nem perto nem parecido com isso. Brizola, notório desafeto da Globo, iria ganhar a eleição para governador do Rio de Janeiro e a Globo / Proconsult armaram um esquema fraudulento de apuração e computação de votos em que estava embutido no sistema de apuração da Proconsult um redutor de votos de Brizola, beneficiando seu oponente, de modo a que Brizola jamais ganhasse a eleição.<br />Alertado por correligionários, por fiscais do PDT e principalmente por um alto funcionário da própria Globo sobre a fraude que estava sendo intentada na apuração e cômputo dos votos, Brizola contratou o Instituto Pasqualini para uma análise técnica da questão e foi constatada a fraude no sistema de apuração Proconsult / Rede Globo.<br />Diante do fato gravíssimo (fraude eleitoral), sabendo que a imprensa brasileira é falida, lacaia e serviçal, e que não tem coragem de enfrentar a Globo, principalmente pelo arquivo e dossiês que a Globo possui da chamada grande imprensa, Brizola então, numa lucidez fantástica, convoca a imprensa internacional e numa memorável coletiva faz uma das mais graves e sérias acusações documentadas sobre a Globo / Proconsult. E o caso da fraude eleitoral então desmorona e passa a ter repercussão internacional.<br />No dia seguinte, o presidente da Proconsult ainda tenta ironizar a questão dizendo que se aquilo fosse verdade ele deveria estar, no mínimo, preso ou seria obrigado a fugir para Paris.<br />O fato é que o presidente da Proconsult não foi preso (nem Roberto Marinho), não fugiu para Paris, o "esquema" armado contra Brizola foi completamente desmoronado, Brizola acabou sendo eleito governador do Rio de Janeiro, a Proconsult jamais voltou a operar em esquema de apuração de eleições, e ambas (Globo e Proconsult) foram desmoralizadas publicamente. E agora, mais de 20 anos após o fato transcorrido e somente após a morte de Leonel Brizola, a Globo quer dar uma versão nova para o fato, como se nada tivesse acontecido e como se não passasse de um delírio de Brizola o escândalo da fraude eleitoral montado pela Globo e pela Proconsult.<br />Portanto, leitor, muito cuidado quando alguém falar sobre a pretensa seriedade do "Jornal Nacional" ou sobre a pretensa seriedade jornalística da Globo. Não imagine que os pecados da Globo sejam somente ter sido contra as "Diretas Já" ou por ter editado o debate Collor e Lula, levando Collor ao poder. Os crimes e pecados da Globo são imensos, enormes, quase que incontáveis, começa pela fraude da sua criação com o escândalo Time-Life, passa pelo acobertamento da tentativa de genocídio do Riocentro, do Gasômertro, da operação Oban, pelos assaltos a banco (Banerj, Banco do Brasil, Caixa Econômica/FGTS/Projac), pelo escândalo do Papatudo, da Afundação Roberto Marinho, da Rádio TV Paulista, do BNDES, e outros. São invejáveis 40 anos de crimes, fraudes, corrupção e perseguição.</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-35848007641780585812009-05-04T16:05:00.000-07:002009-05-04T16:06:58.088-07:00O escândalo do Papatudo<div align="justify">por Roméro da Costa Machado.<br /><br />Quando surgiu o Papatudo, o jornalista Hélio Fernandes, na Tribuna da Imprensa, disse com todas as letras que aquilo cheirava a um grande golpe e que não tinha uma chance em um milhão de dar certo um empreendimento entre Artur Falk (que o Hélio chamava de Artur Desfalk, pelo seu passado negro de tramóias) e Roberto Marinho.<br />Logo logo, com exclusividade da Rede Globo (impresso no verso dos bilhetes), e apresentação de Xuxa Meneghel (que pedia às crianças do Brasil inteiro para que pedissem aos seus pais que comprassem os bilhetinhos do "titio" Artur Falk ou Desfalk, no dizer do Hélio Fernandes) a Globo, usando os Correios como ponto de venda, no Brasil inteiro, criou o seu "Baú da Felicidade", para concorrer com o Sílvio Santos, do SBT.<br />Prometiam que, além da recompra garantida, os futuros compradores ainda concorreriam a grandes prêmios milionários e parte da arrecadação ainda seria destinada a instituições de caridade. E numa colossal e obscena "pirâmide" infestaram o Brasil inteiro com promessas milagrosas de enriquecimento fácil, sempre tendo à frente a exclusividade da Globo, a insuspeita Xuxa e a benemerência de instituições de caridade. (Uma espécie de "Criança Esperança", com carnê).<br />Embalado pelos heróis da Globo e dos "embaixadores" da Unicef, o país inteiro comprou, muitas e muitas vezes, os bilhetinhos do "titio" Artur Falk (ou Desfalk), veiculados pela Globo e apresentado pela irrepreensível Xuxa ("Compra, compra, pede para a mamãe e o papai comprar"). Os Correios vendiam, as lotéricas vendiam, os bobos compravam (como os doadores do Criança-Esperança), até que passado o período para resgate dos "bilhetinhos" milagrosos do "titio" Falk (ou Desfalk) os Correios pararam de resgatar os bilhetes pois não recebiam do Papatudo (Interunion/Globo/etc). Os lotéricos deixaram de resgatar os bilhetes que indenizariam os compradores. E o grande golpe nacional previamente anunciado foi dado nas barbas da nação inteira, onde o mico ficou na mão do povo, que não tinha de quem receber.<br />Eu e o repórter Saulo Gomes fomos levantar o total do golpe do Papatudo (além do golpe do Hotel Nacional dado como "garantia"). E na "ilha dos lotéricos", em São Paulo, conseguimos do presidente da associação dos lotéricos o acesso ao cofre (e gravamos) montanhas de bilhetes num cofre-forte gigante que mais parecia um bunker, girando em torno de 200 milhões. E vejam bem, os lotéricos não foram os maiores prejudicados, pois ao não receberem pelos bilhetes comprados, pararam de recomprar os bilhetes do povo e estancaram o golpe. Idem os Correios, que ao não receberem pelo bilhetes que os Correios resgatavam das pessoas interromperam a prorrogação do golpe. Mas o povo, que ficou com o bilhete na mão e não tinha a quem recorrer, de quem resgatar, de quem receber, morreu com o mico na mão, num golpe girando perto de um bilhão.<br />E assim, usando uma grande rede de televisão (Papatudo, exclusividade Rede Globo), uma grande vendedora agindo diretamente no público infantil induzindo a que crianças pedissem aos pais para comprarem (Xuxa), associados ao insuspeito "titio" Artur Falk (ou Desfalk) foi dado um dos maiores golpes - conto do vigário - na população tola, que acredita na Rede Globo, que compra os produtos que ela anuncia, que doa para as "instituições de caridade" abençoadas pela Globo (tipo Criança Esperança).<br />Pobre população ludibriada que se comove com os trambiques glamourizados da televisão.</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-46788863557891784082009-05-04T16:04:00.000-07:002009-05-04T16:05:39.280-07:00Nem os anônimos escapam da Globo<div align="justify">por Roméro da Costa Machado, escritor.<br /><br />Enganam-se os que pensam que a Globo destila seu ódio e sua fúria de baba raivosa destrutiva somente contra pessoas e entidades conhecidas e notórias. Não são somente as pessoas como Leonel Brizola (Governador), Mário Garnero (NEC/Brasilinvest) ou Ibrahim Abi Ackel (Ministro) que experimentam perseguições pessoais movidas pela sanha tresloucada da "Messalina Platinada" do jornalismo nacional.<br />Pessoas absolutamente comuns, dessas que jamais tiveram qualquer tipo de notoriedade, mesmo sendo "anônimos venezianos" não estão livres da sanha destruidora de reputações da "Messalina Platinada", como por exemplo a família Shimada, proprietária de uma escolinha de bairro, na cidade de São Paulo.<br />O senhor e a senhora Shimada, pessoas absolutamente comuns, tinham uma escolinha de bairro (Escola de Base) e de repente foram parar no noticiário policial por conta de uma falsa denúncia de pais de um aluno que entendendo que uma assadura nas nádegas de seu filho teria sido em decorrência de abuso sexual ocorrido na Escola de Base.<br />Um repórter da Globo, cobrindo o fato na delegacia, levou a matéria - sem apuração, que é a regra número um do jornalismo - para o noticiário da televisão local (São Paulo) e irresponsavelmente promoveu o caso como fato consumado e comprovado, dando ao caso grande destaque e notoriedade. E a redação da Globo no Rio, achando a matéria sensacionalista o suficiente para um grande destaque a nível nacional (ainda sem qualquer apuração) lançou a matéria como notícia verdadeira no Jornal Nacional (esse mesmo Jornal Nacional que está comemorando 35 anos de calhordice).<br />No dia seguinte, na delegacia, diante do julgamento nacional - na verdade um linchamento sem qualquer direito de defesa - com a verdade fabricada pela Globo no Jornal Nacional, o casal Shimada foi arrastado até a delegacia, espancado, torturado, e procuraram arrancar do casal - literalmente - a "verdade" ainda que à força, pois a "verdade" da Globo é tida por imbecis como absoluta e por isso tinha que ser confirmada a qualquer custo.<br />Diante da negativa do casal, mesmo com espancamentos e tortura, a Globo tratou de alicerçar a sua "verdade", adicionando, por conta própria, novos elementos à sua "denúncia", entrevistando pessoas que não viram e não assistiram a nada, estimulando e direcionando entrevistas maldosamente editadas de modo a dar a entender ao espectador que o Sr.Shimada era um tarado sexual, viciado em pedofilia e que a Sra. Shimada era pior ainda porque apoiava e acobertava essa terrível tara do marido.<br />Entretanto, em curtíssimo espaço de tempo, a verdade veio à tona. O menino havia tomado grande quantidade de medicamento e em razão disso vinha tendo fortes e seguidas diarréias. Razão pela qual estava "assado", todo irritado e inflamado onde se supunha ter havido abuso sexual.<br />De imediato, diante da verdade apresentada, confirmada pelo próprio menino e por seus pais, a imprensa local desmentiu a matéria mentirosa da Globo. Mas, e a Globo? O que fazer após quase uma semana inteira apresentando a sua verdade no Jornal Nacional, com o casal Shimada já "julgado" (mesmo sem provas) como um casal de tarados, pedófilos?<br />A Globo, essa grande "Messalina Prateada" do jornalismo brasileiro, ao invés de desculpas, ao invés de se retratar com grandeza e contar a verdade, não só manteve sua aura de santo de prostíbulo, como agravou ainda mais a falsa denúncia até destruir completamente a família Shimada, acabando inclusive com a sua única fonte de renda que era a Escola de Base.<br />Este assunto torturou por muitos e muitos anos o Diretor de Jornalismo da Globo, até que tempos depois - já fora da Globo - ele veio a público e admitiu o grande crime e a grande covardia da Globo no caso da Escola de Base. E, apurando a seqüência dos acontecimentos, eu e o Repórter Saulo Gomes, fomos encontrar a Sra. Shimada com seqüelas terríveis e irrecuperáveis, em estado lastimável de saúde, e seu marido, o Sr. Shimada, trabalhando na praça da Sé, num cubículo, vivendo de tirar xerox, com a vida totalmente destruída. E pior... mesmo tendo vencido na justiça, a família Shimada jamais conseguiu executar a sentença e recuperar, ainda que tardiamente, o que restou de sua vida destruída. (Esse é somente um dos trocentos casos de covardia e perseguição feito pela "Messalina Platinada" do jornalismo nacional).</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-56195003583825489332009-05-04T16:03:00.000-07:002009-05-04T16:04:17.062-07:00Beyond Citizen Kane<div align="justify">Beyond Citizen Kane (no Brasil, Muito Além do Cidadão Kane) é um documentário televisivo britânico de Simon Hartog produzido em 1993 para o Canal 4 do Reino Unido. A obra detalha a posição dominante da Rede Globo na sociedade brasileira, debatendo a influência do grupo, seu poder e suas relações políticas. O ex-presidente e fundador da Globo Roberto Marinho foi o principal alvo das críticas do documentário, sendo comparado a Charles Foster Kane, personagem criado em 1941 por Orson Welles para Cidadão Kane, um drama de ficção baseado na trajetória de William Randolph Hearst, magnata da comunicação nos Estados Unidos. Segundo o documentário, a Globo emprega a mesma manipulação grosseira de notícias para influenciar a opinião pública como fazia Kane no filme.<br />O documentário acompanha o envolvimento e o apoio da Globo à ditadura militar, sua parceria ilegal com o grupo americano Time Warner (naquela época, Time-Life), algumas práticas de manipulação da emissora de Marinho (incluindo o auxílio dado à tentativa de fraude nas eleições fluminenses de 1982 para impedir a vitória de Leonel Brizola, a cobertura tendenciosa do movimento das Diretas-Já, em 1984, quando a emissora noticiou um importante comício como um evento de comemoração ao aniversário de São Paulo, e a edição, para o Jornal Nacional, do debate do segundo turno das eleições presidenciais brasileiras de 1989, de modo a favorecer o candidato Fernando Collor de Mello frente a Luís Inácio Lula da Silva), além de uma controversa negociação envolvendo ações da NEC Corporation e contratos governamentais à época em que José Sarney era presidente da República.<br />O documentário apresenta depoimentos de destacadas personalidades brasileiras, como o cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda, os políticos Leonel Brizola e Antônio Carlos Magalhães, o publicitário Washington Olivetto, o escritor Dias Gomes, os jornalistas Walter Clark, Armando Nogueira e Gabriel Priolli e o atual presidente Luís Inácio Lula da Silva.<br />O documentário foi transmitido pela primeira vez em setembro de 1993 no Canal 4 do Reino Unido. A transmissão foi adiada em cerca de um ano, pois a Rede Globo contestou, baseando-se em leis britânicas, os produtores de Muito Além do Cidadão Kane pelo uso sem permissão de pequenos fragmentos de programas da emissora para fins de "observação crítica e de revisão".<br />Durante este período, o diretor Simon Hartog morreu após uma longa enfermidade. O processo de edição do documentário foi assumido por seu co-produtor, John Ellis. Quando pôde ser finalmente transmitido, cópias do documentário foram disponibilizadas pelo Canal 4 ao custo de produção. Muitas dessas cópias foram enviadas ao Brasil através da comunidade brasileira residente na Grã-Bretanha.<br /><br />Banimento no Brasil<br />A primeira exibição pública do filme no Brasil ocorreria no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), em março de 1994. Um dia antes da estréia, a Polícia Militar recebeu uma ordem judicial para apreender cartazes e a cópia do filme, ameaçando, em caso de desobediência, multar a administração do MAM-RJ. O secretário de cultura acabou sendo despedido três dias depois.<br /><br />Durante os anos noventa, o filme foi mostrado ilegalmente em universidades e eventos sem anúncio público de partidos políticos. Em 1995, a Globo entrou com um pedido na Justiça para tentar apreender as cópias disponíveis nos arquivos da Universidade de São Paulo (USP), mas o pedido foi negado. O filme teve acesso restrito a grupos universitários e só se tornou amplamente visto a partir do ano 2000, graças à popularização da internet.<br /><br />Distribuição e fenômeno na internet<br />A Rede Globo tentou comprar os direitos de exibição do programa no Brasil, provavelmente para tentar impedir sua exibição. Entretanto, antes de morrer, Hartog tinha feito um acordo com organizações brasileiras para que os direitos de exibição do documentário não caíssem nas mãos da Globo, a fim de que pudesse ser amplamente conhecido tanto por organizações políticas quanto culturais. A Globo perdeu o interesse em comprar o filme quando os advogados da emissora descobriram isso, mas até hoje uma decisão judicial proíbe a exibição de Beyond Citizen Kane no Brasil.<br />Entretanto, muitas cópias ilegais em VHS e DVD do filme vêm circulando no país desde então. O documentário está disponível na internet, por meio de redes peer-to-peer e de sítios de partilha de vídeos como o YouTube e o Google Video.<br />Contrariando a crença popular, existem sim cópias legais do filme disponíveis no Brasil, embora em sua grande maioria em bibliotecas e coleções particulares.<br /><br />Livro<br />Quando era funcionário do Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP) à época do lançamento do documentário, Geraldo Anhaia Mello havia promovido exibições públicas do mesmo. Quando soube, o então secretário de cultura da cidade, Ricardo Ohtake, proibiu as exibições, com a alegação de que a cópia do acervo era pirata. O pedido de proibição veio de Luiz Antônio Fleury Filho, então governador do São Paulo. Mello se encarregou de fazer cópias do documentário e, juntamente com outras pessoas, de sua dublagem e distribuição. O livro, que veio logo depois, se trata de uma transcrição em português do roteiro e das entrevistas, exceto alguns trechos de entrevistas de rua ou cenas do acervo da Globo. Os trechos não-dublados no vídeo estão presentes na transcrição.<br /><br />Bibliografia<br />MELLO, Geraldo Anhaia - Muito além do cidadão Kane. São Paulo: Scritta Editorial, 1994. ISBN 85-85328-79-7 </div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-57874310544124891602009-05-04T15:59:00.000-07:002009-05-04T16:02:52.216-07:00Entre a impunidade e a perseguição<div align="justify">por Roméro da Costa Machado, escritor.<br /><br />Nada define e sintetiza melhor a vida de Roberto Marinho do que o título: "Entre a impunidade e a perseguição", vez que sua vida foi pautada por viver na impunidade, à margem da legalidade e sempre perseguindo aqueles que pudessem estorvar, de alguma forma, o seu caminho.<br />Como exemplos de impunidade pode-se dizer que escapou ileso de três CPI's (Time-Life, Afundação Roberto Marinho e NEC) sem que as ditas CPI's investigassem o que deveriam. Sobreviveu a escândalos que o levariam irremediavelmente à cadeia, conforme previsto por alguns criminalistas renomados. Conseguiu a façanha de ter em seu curriculum a responsabilidade sobre a venda de carro roubado, obtenção de dinheiro a fundo perdido, obtenção de empréstimos quase gratuitos e verbas governamentais pródigas para sustento de suas empresas. Isto sem se falar nos escândalos da Afundação de caixa dois, notas frias e etc. E, logicamente, o seu vergonhoso enriquecimento paralelo à ditadura militar.<br />Os exemplos de perseguição são vários, sendo os mais notórios os de: Leonel Brizola, Mário Garnero, José de Paiva Netto e Bispo Edir Macedo.<br />Em sua sanha alucinada de perseguição a Leonel Brizola, Roberto Marinho deixou o rastro do escândalo Globo/Procunsult da fraude das eleições e a destruição total da imagem do Rio de Janeiro, nacional e internacionalmente. Tudo isso para caracterizar Brizola como um mau administrador/governador. A imagem do Rio foi tão suja e tão denegrida pela Globo que mesmo muitos e muitos anos após a campanha difamatória da Globo contra o Rio de Janeiro, ainda ficaram as marcas, ainda que o Rio não seja tão violento quanto São Paulo (de onde vem a maior parte do dinheiro da Globo), ainda que o Rio não chegue nem perto da violência de Nova Iorque, nem tenha brigadas assassinas como em Roma, terroristas da ETA como em Madrid, ou terroristas como os do IRA em Londres.<br />Mário Garnero, em determinada época, foi o mais respeitado empresário brasileiro e talvez ainda seja o empresário brasileiro mais conceituado e de maior penetração no exterior, dono de várias empresas, entre elas a NEC e o Grupo Brasilinvest, localizado no melhor e um dos mais caros endereços do Brasil (duas gigantescas torres de edifício na esquina das avenidas Faria Lima com Rebouças). E por Garnero possuir o grande sonho de Roberto Marinho (a NEC), que na época era a grande líder em telefonia, por isso mesmo, sofreu toda sorte de perseguição até vir a perder o controle acionário da NEC, contando com o apoio do Presidente da época (José Ribamar Sarney) e do Ministro da Comunicação (Antônio Carlos Magalhães, "sócio"/parceiro de Roberto Marinho em televisão na Bahia).<br />José de Paiva Netto, presidente da LBV e da Fundação de Paiva Netto, cometeu o grande "crime" de haver ganho do governo federal a concessão do canal de televisão (26) em São Paulo, o último bom canal disponível e que a Globo tanto queria, no disputadíssimo e ambicionado mercado de São Paulo. E por conta disso sofreu insidiosa campanha difamatória, sendo mostrado como possuidor de quadros famosos (isso é crime?), dono de grande fazenda de gado no centro-oeste (A Globo tem, só entre as fazendas Aruanã e Cocalinho, mais terra do que a dimensão do Rio de Janeiro), e de possuir uma frota de carros importados para seus diretores (Primeiro: Os carros importados eram carros comuns e mais baratos do que os carros nacionais de primeira linha. Segundo: Desde quando é crime ter carro importado?).<br />Por conta disso, José de Paiva Netto conheceu o inferno em vida, principalmente quando Roberto Marinho desencadeou sistemática campanha difamatória pelo jornal e pela televisão, manipulando e influindo de tal forma nas instituições brasileiras que a curadoria de fundações perseguiu a Fundação José de Paiva Netto ao contrário do que fez com a Afundação Roberto Marinho; as rádios do grupo LBV passaram a sofrer terrível fiscalização e ameaças de fechamento. O canal de televisão 26 foi lacrado mais de uma vez. As empresas de telefonia (de onde vinham as doações pela conta telefônica) deixaram de repassar as doações ao grupo LBV, até sufocar e quase quebrar o grupo inteiro, para finalmente perder o canal 26.<br />O Bispo Macedo, tão injuriado e perseguido ainda hoje (por conta residual da campanha difamatória da Globo), sofreu toda sorte de injustiça e humilhação, até mesmo uma violenta, terrível e cruel prisão orquestrada pela Globo. Tudo porque o Bispo Macedo havia conseguido um importante canal de televisão em rede aberta (Rede Record) e liderava uma agremiação religiosa (IURD) que se delineava como detentora de um fantástico potencial de crescimento, capaz de assustar terrivelmente a Globo.<br />Por conta disso, a Globo não só fez feroz e sistemática campanha difamatória (como de hábito) contra o Bispo Macedo e contra a IURD, como criou uma mini-série protagonizada por um pastor canalha, corrupto e devasso para tentar desmoralizar não só a IURD como todo movimento evangélico no Brasil. (A Globo até conseguiu, num primeiro momento, o auxílio de um pastor dissimulado, tal qual Balaão, mas que pelos desígnios de Deus este pastor logo envolveu-se em grande escândalo e acabou caindo em desgraça no meio evangélico, sendo posteriormente abandonado até mesmo pela Globo)<br />Quatro grandes homens de fibra: Brizola, Garnero, Paiva Netto e Bispo Macedo, a quem eu tive a oportunidade e honra de estar ao lado exatamente nos piores momentos de suas vidas, foram vítimas de sistemáticas campanhas de perseguições insanas de Roberto Marinho, um "homem" em cuja lápide bem que poderia estar a síntese de sua vida: "Viveu alimentando-se de ódio, entre a impunidade e a perseguição".</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-50251333505715172862009-05-04T15:55:00.000-07:002009-05-04T15:58:48.756-07:00De ladrão de bancos a ladrão de carros<div align="justify">por Roméro da Costa Machado.<br /><br />Roberto Marinho, que ostentou por muitos anos a fama de "O maior assaltante de bancos do Brasil", título dado pelo jornal "O Pasquim" (26/09/83), por ter conseguido saquear o Banerj em quantia muito superior ao que tinha sido roubado por todas as grandes falanges criminosas e especializadas em assalto a bancos, demonstrando que em matéria de roubo as quadrilhas especializadas não passavam de meros amadores, eis que subitamente Roberto Marinho desvia-se de atividade de "assalto a bancos" e envereda-se por outra atividade menos glamourosa, qual seja: roubo de carros.<br />Um amigo meu, Paulo Roberto Romano, comprou uma Caravan num leilão de carros e ato contínuo foi fazer a transferência do veículo para o seu nome. Entretanto, este ato absolutamente corriqueiro quase custa-lhe a liberdade, pois ao chegar no Detran para fazer a vistoria do carro, foi constatado que o carro tinha o chassis remarcado e tratava-se de um carro roubado.<br />Como determinam as regras, foi chamado a Polícia Especializada, e imediatamente foi dado voz de prisão ao meu amigo, Paulo Roberto, e ele imediatamente conduzido à delegacia.<br />Em lá chegando, Paulo Roberto faz a colocação mais cristalina do mundo: "Peraí... está tudo invertido... eu comprei esse carro num leilão... eu sou só o comprador... se alguém tiver que ser preso, que seja o vendedor... o verdadeiro ladrão do carro. Ou melhor: o dono da Rede Globo que me vendeu este carro".<br />Engasgos gerais... e o detetive, constatando a realidade do fato, dá a mais absurda das ordens ao meu amigo: "Tire esse carro daqui. Nunca vi este carro. Dê sumiço nele. Devolva para quem você comprou. Não quero confusão pro meu lado. Desfaça essa compra que você fez"<br />"Mas... peraí... eu comprei esse caro num leilão (legítimo) e ia ser preso por estar com um carro roubado... e agora que vocês sabem a procedência do carro roubado, vocês me mandam dar sumiço no carro? Não querem mais prender o ladrão?. Que bagunça é essa?"<br />Paulo Roberto ainda tentou de várias formas registrar a ocorrência na Delegacia Especializada em furto de automóveis, mas foi impedido, pois os policiais recusavam-se a registrar a ocorrência. Tentou formalizar a questão pelo Detran, mas recusaram-se a registrar o acontecimento. Daí Paulo Roberto lembrou-se de mim... da Globo e contou-me toda a história. (Incrível como as coisas relacionada à Globo acabam sempre vindo a mim pelos mais variados caminhos)<br />Fotografamos o carro, os documentos, a adulteração e falsificação de chassis, tudo. E pela Tribuna da Imprensa fiz publicar toda a história, capaz de surpreender e envergonhar Kafka, o maior escritor de absurdos, e transformá-lo num mero escritor de historinhas infantis.<br />Não tardou e um graduado funcionário da Rede Globo procurou o meu amigo Paulo Roberto Romano e recomprou a Caravan (roubada) vendida em leilão pela Globo e "deu sumiço" no que poderia ser a única prova e evidência do roubo de carro, não tivéssemos publicado tudo antes, na Tribuna da Imprensa.<br /><br />Que lições tirar desse episódio kafkaniano em que um policial está prestes a prender um "ladrão de carros", mas quando descobre quem é o verdadeiro ladrão, recusa-se a registrar a ocorrência e sugere dar sumiço no produto do roubo? Que outro jornal, sem ser a Tribuna da Imprensa, publicaria toda a história, com fotos e cópias dos documentos? Que outros motivos reais poderiam determinar a prisão de uma pessoa como Roberto Marinho? Fica mais do que claro que se Roberto Marinho roubasse o que fosse... jamais iria preso. Se Roberto Marinho praticasse qualquer falcatrua... também não iria preso. Se Roberto Marinho matasse uma pessoa... não iria preso (e a culpa ainda seria do morto). Que motivos a lei deste país precisa para prender uma pessoa considerada "acima do bem e do mal"?<br />Dessa história triste, repugnante e chocante, sem qualquer fundo moral, fica somente a certeza de que as pessoas consideradas "acima do bem e do mal" beneficiam-se da cumplicidade oficial em qualquer circunstância. Entretanto, mesmo estas pessoas um dia encontram o seu declínio na vida... nem que seja para passar de laureado ladrão de bancos a reles ladrão de carros.</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-41207052921581082112009-05-04T15:42:00.000-07:002009-05-04T15:54:29.812-07:00Daniel Herz<div align="justify">Jornalista brasileiro que ficou nacionalmente conhecido após escrever o livro A História Secreta da Rede Globo (Editora Tchê, 1987), que relata os procedimentos, na época ilegais, que levaram à estruturação da Rede Globo com capital estrangeiro da Time-Life. Também descreve as relações que a Globo manteve com a ditadura militar no Brasil. Este livro de Daniel Herz foi uma das fontes que inspiraram o famoso documentário Além do Cidadão Kane (Brazil: Beyond Citizen Kane, 1993). A História Secreta da Rede Globo teve 14 edições, em duas editoras diferentes.<br />Daniel Herz fez jornalismo na Faculdade de Comunicação da Unisinos, em São Leopoldo-RS. Concluiu o mestrado em Comunicação na UnB-DF em 1983 com a tese: "A Introdução de Novas Tecnologias de Comunicação no Brasil: tentativas de implementação do serviço de cabodifusão - Um estudo de caso", sob orientação do Prof. Dr. Murilo César Ramos.<br />Participou da fundação do Curso de Jornalismo na UFSC, onde foi professor e pesquisador. Antes já havia fundado a APC, Associação de Promoção da Cultura, em Porto Alegre, no ano de 1974. Fundou ainda o Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação, Epcom, em Porto Alegre-RS. Também foi Secretário de Comunição no primeiro governo do PT na Prefeitura de Porto Alegre.<br />Foi militante no movimento pela democratização das comunicações, rearticulando o movimento durante os anos 1980, quando foi coordenador da Frente Nacional de Luta por Políticas Democráticas de Comunicação (1984-85). Também liderou a campanha da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) pela democratização das comunicações durante a constituinte de 1988. Daniel Herz foi ainda um dos fundadores e posteriormente coordenador do Fórum Nacional pela Democratização das Comunicações (FNDC)e ainda foi membro da difetoria da FENAJ durante parte dos anos 1990.<br />Participou ativamente como mentor e defensor da Lei da Cabodifusão (Lei 8.977 de 1995) desde sua fase de projeto em 1991, em toda a disputa por sua aprovação, até sua promulgação enquanto Lei em 1995. Daniel Herz considerava esta uma de suas principais conquistas, pois a Lei da Cabodifusão estabeleceu a obrigatoriedade da presença de emissoras públicas, comunitárias e universitárias na TV por assinatura.<br />Daniel Herz também foi ativista na luta pela implementação do Conselho de Comunicação Social (CCS) do Congresso brasileiro, órgão consultivo previsto na lei 8.389 de 1991. Durante anos as grandes redes de televisão boicotaram a criação deste Conselho. Tanto que o CCS só foi implementado pelo Senado em 2002, após um longo período de lutas pela democratização das comunicações, liderado por sindicatos, movimentos sociais e ONGs ligados ao FNDC. Daniel Herz foi ainda conselheiro do CCS, onde militou por políticas mais democráticas na área das comunicações até o seu falecimento em Maio 2006, em Porto Alegre-RS.</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-84202022080108582232009-05-04T15:39:00.000-07:002009-05-04T15:42:00.176-07:00Collor e Roberto Marinho<div align="justify">por Roméro da Costa Machado, escritor.<br /><br />Ainda hoje em dia, muita gente execra o ex-presidente Collor sem nem bem saber porque, acusando-o de modelo e exemplo de uma grande corrupção institucionalizada, mas ao mesmo tempo, estranhamente, não sabem identificar um único exemplo de corrupção, esquecendo até que Collor ganhou praticamente todas as ações contra ele na justiça, sendo inocentado de quase todas as acusações que lhes foram imputadas. E quando muito restou somente uma única e irrefutável acusação e "grande" exemplo de corrupção: um Fiat Elba.<br />Não se trata aqui de tentar inocentar o ex-presidente Collor, mas tão somente de fazer uma constatação: Todo o alarde em torno de um propalado mar de corrupção da administração Collor resume-se a uma grande campanha de mídia cujo único dado concreto é um reles Fiat Elba. (É pouco. É muito pouco)<br />Mas é só isso? Todo esse alarde de "mar de corrupção" só por causa de um reles Fiat Elba? E será que ninguém se interessa em saber como e por que Collor veio a ter essa fama construída pela mídia?<br />Primeiramente vamos aos fatos. Vamos reviver a história: Collor e Lula disputavam as eleições presidenciais quando num ato de pirataria e estelionato de mídia, manipulando a opinião pública, a Globo vergonhosamente editou o "debate", tirando as partes boas do Lula e privilegiando Collor, na clara intenção em influir na opinião da plebe ignara e eleger o parceiro e companheiro da Globo em negócios televisivos.<br />De fato, Collor foi eleito com as bençãos e influência da Globo e Roberto Marinho (inclusive o irmão de Collor, Leopoldo, era Diretor Geral da Globo em São Paulo). Entretanto, Collor tinha outras idéias, muito particulares, de como administrar o país e de como deveria ser o "império das comunicações".<br />Para começar, Collor seqüestrou a poupança do povo (mas depois devolveu), e deixou todo mundo com somente 50,00 na conta. E daí partiu para seu mais violento ataque: Sabendo que a Globo é uma entidade que depende essencialmente do governo (pois sem os "anúncios", reciprocidades e verbas públicas a Globo literalmente quebra), Collor tomou sua mais audaciosa atitude: Ousou quebrar a Globo, simplesmente cortando toda a verba publicitária governamental.<br />Isso levou a Globo ao pânico e temor profundo. A tal ponto que Roberto Marinho iniciou guerra franca e aberta contra o governo Collor, pintando-o das mais terríveis cores em seus noticiários. Até que, num profundo golpe de sorte, os estudantes do Rio de Janeiro foram para a rua protestar pela meia-entrada e pela carteira de estudante (liderados pelo então vereador do Rio de Janeiro, Edson Santos), quando então a Globo, aproveitando-se do fato, em novo estelionato de mídia, em plano fechado, passou a mostrar estudantes protestando como se fosse contra o governo Collor, trocando a história do protesto dos estudantes pela carteirinha, criando o "Fora Collor".<br />No dia seguinte, e nos dias que se sucederam, a Globo deu grande destaque ao Lindinho (Lindberg Farias), líder estudantil da UNE, inclusive e principalmente no programa da Xuxa. E a estudantada, como gado, influenciada pelos noticiários da Globo, alienada e querendo aparecer na televisão, saiu bradando pelas ruas, como que saído de um curral, o "Fora Collor", pintando os rostos e criando os "Caras Pintadas". (Tudo isso estimulado e dirigido pela Globo como numa peça de teatro)<br />Essa história até hoje é ocultada e silenciada pela imprensa em geral, pois quem podia denunciar isso (a grande imprensa) foi cúmplice e parceira da Globo neste estelionato de mídia. E jamais foi dito que por detrás da trama da derrubada do governo Collor havia um enorme problema de interesses contrariados, numa briga pessoal e direta entre Collor e Roberto Marinho, em que os estudantes foram usados e manipulados para criar a imensa campanha de mídia que teve repercussão nacional, mas que começou exclusivamente pela Rede Globo, e que foi cordeiramente seguida pela serviçal e repulsiva "grande imprensa".<br />Mas... e PC Farias? Ele era inocente? Como inocentar o "terrível" PC Farias?<br />PC Farias não tomou um único centavo do governo ou de verbas públicas. Seu grande crime foi tomar dinheiro de particulares, de empresários. Todo o dinheiro que ele arrecadou e amealhou antes, durante e depois da campanha era dinheiro de empresários, que deram a Collor para ter seus interesses protegidos e que Collor simplesmente ousou atropelar, a começar por Roberto Marinho, e por isso foi sacrificado, vilipendiado, execrado e tirado à força da presidência da república (ainda que judicialmente).<br />Portanto, quando alguém falar ou ouvir falar de Collor como um grande exemplo de corrupção, questione a participação de Roberto Marinho na história. Questione os interesses contrariados de Roberto Marinho. Questione a posição lacaia e serviçal da grande imprensa. Questione o uso dos estudantes manipulados como gado, massa de manobra, travestidos de "caras-pintadas". Questione se houve desvio de um único centavo de verba pública ou se houve algo além de um Fiat Elba. E principalmente, questione a montanha de dinheiro dado a PC Farias pelos empresários corruptos que queriam rifar e lotear o governo Collor.</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6569333367907253531.post-1204930929872624062009-05-04T15:35:00.000-07:002009-05-04T15:38:33.520-07:00Cidadão Kane, O mundo a seus pés<div align="justify">É um filme norte-americano de 1941, dos gêneros drama e suspense, dirigido por Orson Welles.<br />Cidadão Kane foi o primeiro filme longa-metragem dirigido por Orson Welles, considerado um rapaz prodígio, e que havia angariado fama com suas peças de teatro e narrações radiofônicas.<br />O filme encontrou forte oposição por parte de William Randolph Hearst, pois ele julgava que a obra denegria sua imagem. Em realidade, havia mesmo muitos pontos coincidentes das biografias de Hearst e de Kane.<br />Cidadão Kane marcou sua época devido às inovações, sobretudo nas técnicas narrativas e nos enquadramentos cinematográficos. O filme começa com o protagonista já morto, mudando-se a cronologia dos fatos; e a cenografia mostra pela primeira vez o teto dos ambientes.<br />Mesmo dirigindo outros filmes após Cidadão Kane, Orson Welles nunca mais conseguiu restabelecer sua fama a ponto de ser contratado novamente por um grande estúdio de Hollywood.<br />O filme tem sido considerado por grande parte da crítica especializada como o maior filme da história até o momento, figurando em primeiro lugar na lista do American Film Institute (AFI).<br />Cidadão Kane é supostamente baseado na vida do magnata do jornalismo William Randolph Hearst (publicamente, Welles negava), e conta a história de Charles Foster Kane, um menino pobre que acaba se tornando um dos homens mais ricos do mundo.<br />O filme inicia com a sua morte, quando se pronuncia a palavra Rosebud, que acaba levando um jornalista a investigar a vida de Kane para descobrir o sentido da palavra. Entrevistando pessoas do passado de Kane, o jornalista mergulha na vida de um homem solitário, que desde a infância é obrigado a seguir a vontade alheia. Ninguém a seu redor importa-se com Kane, que busca por meio da aquisição de bens e pessoas encontrar a infância perdida.</div>Luciel Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/08705560682097457223noreply@blogger.com0