Roberto Marinho

Herdou ainda jovem o jornal O Globo, fundado por seu pai, Irineu Marinho em 29 de julho de 1925, o qual ele ampliou, fundando uma cadeia de rádios entre as quais se destacam a Rádio Globo e a Rádio CBN, somente de notícias. Em 26 de abril de 1965, graças ao governo do Regime Militar, fundou a Rede Globo de Televisão, que se tornou o principal canal de Televisão do Brasil e a terceira maior do mundo
Roberto Marinho sempre defendeu o liberalismo econômico, com aliança estratégica com os Estados Unidos. Foi adversário de políticos como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Leonel Brizola e Lula. Quando Getúlio Vargas se matou, como presidente da República em 1954, seu jornal foi destruído pela população, quase falindo. Foi acusado de ser o mentor intelectual da Ditadura Militar, apoiada por ele, assim como de manipular as eleições para governador do Estado do Rio de Janeiro, quando Leonel Brizola venceu. Também acusado de mandar nas comunicações brasileiras no governo de José Sarney, quando Antônio Carlos Magalhães, dono de uma afiliada da Globo, foi ministro das comunicações. Em 1989, foi acusado de manipular a edição do Jornal Nacional, após o debate de segundo turno entre Fernando Collor e Lula da Silva, para ajudar Collor a ser eleito presidente. Em 1992, o Jornal Nacional teve que publicar um direito de resposta de Leonel Brizola com acusações contra o dono das Organizações Globo. Com o governo Fernando Henrique, as Organizações Globo passaram por uma grande crise, retirando o nome do jornalista na lista de bilionários da revista Forbes.
Com sua primeira esposa em 1946, Stella Goulart Marinho, teve quatro filhos: Roberto Irineu Marinho, Paulo Roberto Marinho (falecido aos dezenove anos, em 1970), João Roberto Marinho, e José Roberto Marinho. O segundo casamento foi com Ruth Albuquerque, em 1971, já se divorciando da primeira esposa. Seu último casamento, o terceiro, foi com Lily de Carvalho Marinho, em 1991.
Em 6 de agosto de 2003, aos 98 anos, Roberto morreu num hospital na sua cidade natal.
Foi o sétimo ocupante da cadeira 39 da Academia Brasileira de Letras, embora nunca tenha escrito um livro, eleito em 22 de julho de 1993 na sucessão de Otto Lara Resende. Foi recebido pelo acadêmico Josué Montello em 19 de outubro de 1993.

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