Riocentro e Gasômetro

por Roméro da Costa Machado, escritor.

Dando seqüência ao artigo de 28 de junho de 1993, publicado na Tribuna de Imprensa, hoje vamos resumir mais alguns dos escândalos da próspera associação criminosa da Rede Globo com a ditadura militar iniciada em 64, que são os casos do Riocentro e do Gasômetro.
Passados cerca dos quatro primeiros anos da ditadura sem que de fato fosse combatido a sua aparente causa (combater a corrupção e a subversão), os militares não tinham prendido nenhum grande corrupto e a tal subversão era somente uma grande neurose que dominava a ideologia anticomunista dos quartéis (incutido pelos representantes americanos da CIA que viam perigo em livros, filmes, e até no ballet do teatro Bolshoi, como sendo tudo fruto de uma "ideologia exótica") eis que para revigorar, manter e justificar o prolongamento da ditadura militar eles precisavam inventar algo para colocar a culpa nos tais perigosos "subversivos" (que segundo a lenda, comiam criancinhas em Moscou) e com isso prolongar por muitos e muitos anos a já fracassada ditadura militar.
O sórdido plano dos militares era provocar uma grande matança de comoção nacional (isso mesmo, matança, chacina) e colocar a culpa nos subversivos comunistas. E a data e local propício para isso seria a festa (lotada) com entrada gratuita para celebrar o dia do trabalhador, a ser realizado no Riocentro.
Enquanto estava havendo o show dentro do Riocentro, os militares fecharam as portas de saída pelo lado de fora, e pretendiam explodir e tacar fogo no Riocentro, fazendo com que as pessoas do lado de dentro (o povo) entrasse em desespero e acabasse morrendo pisoteado, pelo pânico, pelo terror, pelo confinamento cruel e covarde.
Entretanto, a justiça divina foi mais poderosa e fez explodir as granadas no colo dos dois militares que estavam no carro Puma e que iriam chacinar tanta gente.
Esta história só foi possível ser contada e desmascarada graças à bravura do Coronel Dickson Grael que a tudo denunciou, inclusive e principalmente as mentiras da Globo pelo Jornal Oficial Nacional, que falsificando notícia e fabricando verdades, dava uma versão fantasiosa para o escândalo da chacina do Riocentro, totalmente diferente do que realmente tinha acontecido, e por muitos e muitos anos a Globo sustentou, a mando dos militares, que a tentativa de chacina do Riocentro jamais aconteceu.
Muito semelhante ao escândalo do Riocentro, e tão terrível quanto, foi a tentativa de explodir o gasômetro do Rio de Janeiro, mandando pelos ares mais de um quarteirão, ceifando inúmeras vítimas inocentes, para mais uma vez colocar a culpa nos comunistas subversivos e justificar mais anos e anos de uma ditadura "protetora".
E mais uma vez este plano de crime de chacina foi evitado e só foi descoberto graças à bravura do Capitão Sérgio-Macaco. Pois pela versão oficial dos militares, sustentado como verdade pela Rede Globo, este incidente jamais aconteceu ou teria acontecido.
Foram preciso anos e anos sendo ridicularizado pela Rede Globo, como sendo um desequilibrado mental, para que finalmente a verdade aparecesse. E somente quase no final da vida o bravo Capitão Sérgio Macaco (perseguido, humilhado e punido pelos próprios militares) pôde ver finalmente contada a sua versão, a verdadeira história do terrível e criminoso incidente. E quando as forças armadas finalmente foram obrigadas judicialmente a repor e reparar todas as injustiças feitas contra o bravo Capitão Sérgio Macaco, ele já estava no fim da vida e não mais podia usufruir da "ajuda".
Estes dois casos são só uma pequena amostra do quanto a Globo interferiu na vida da população brasileira, o quanto mentiu, o quanto falsificou verdades e o quanto foi corrupta e suja em troca de dinheiro vil, pagamentos estes que foram a base de prosperidade da Rede Globo como um império surgido da lama, da falsificação de notícias e do dinheiro sujo da ditadura militar.

Design by Dzelque Blogger Templates 2008

Dossiê Globo - Design by Dzelque Blogger Templates 2008